Os líderes do G7 divulgaram neste sábado (20) um comunicado conjunto com mais de 60 pontos, depois de reunião de cúpula ocorrida em Hiroshima, no Japão. O grupo é composto por oito das principais economias do mundo, sendo sete países (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Canadá e Itália) e a União Europeia.
O Brasil participa do encontro como um dos oito países convidados. No comunicado conjunto, as lideranças do G7 se comprometem a trabalhar conjuntamente para investir na produção de vacinas em todo o mundo, no Fundo da Pandemia e em um futuro acordo para a prevenção, preparação e resposta a pandemias. Também destaca esforços para se atingir uma cobertura universal de saúde até 2030.
Notícias relacionadas:
- No G7, Brasil assina declaração conjunta para combater a fome.
- Embaixador do Japão no Brasil espera que G7 seja um passo para a paz.
- Lula defende participação de países emergentes na governança global.
“Renovamos os compromissos de trabalhar, junto com nossos parceiros globais a fim de assistir aos países para que alcancem a UHC [cobertura universal de saúde, na sigla em inglês] através do apoio à assistência básica de saúde e ao desenvolvimento e restauração dos serviços de saúde essenciais”, diz o comunicado.
Outro ponto de destaque do comunicado é o compromisso de preservar o planeta com a aceleração da descarbonização dos seus setores energéticos e a implantação de energias renováveis. Também se comprometem a acabar com a poluição dos plásticos e proteger os oceanos.
“Nosso planeta está enfrentando desafios sem precedentes provenientes da tripla crise global das mudanças climáticas, perda da biodiversidade e poluição, além das crises energéticas em curso. Estamos firmes no nosso compromisso com o Compromisso de Paris, mantendo o limite de aumento da temperatura global em 1,5°C dentro do alcance através de ação ampliada nessa década crítica”, diz o documento.
Outros pontos do documento foram os compromissos de trabalhar juntos para combater o tráfico de pessoas, manter a estabilidade financeira global, promover o desenvolvimento sustentável, acelerar o atingimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e reconhecer que a redução da pobreza anda de mãos dadas com o enfrentamento à crise climática.
Os líderes do G7 afirmaram que estão tomando medidas concretas para apoiar a Ucrânia contra o que eles chamam de “guerra de agressão ilegal da Rússia” pelo tempo que for necessário, reforçar o desarmamento e não proliferação nuclear, conduzir a transição para economias de energia limpa e lançar uma ação para o combate à fome.
Em outro trecho do documento, o G7 informou estar pronto para manter relações estáveis e construtivas com a China, mas demonstrou preocupação com a situação geopolítica dos mares do sul e leste do país.
“Nós nos opomos firmemente a quaisquer tentativas de mudar o status quo por força ou coerção”, diz o documento. “Não há base legal para as reivindicações marítimas expansionistas da China no Mar do Sul da China e nos opomos às atividades militares da China na região”.
Também houve espaço para condenar a Coreia do Norte por seus lançamentos de mísseis balísticos. Segundo o G7, eles violam múltiplas resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
“Nós exigimos que a Coreia do Norte se abstenha de quaisquer outras ações desestabilizadoras e ascendentes, incluindo quaisquer novos testes nucleares ou lançamentos que usem tecnologia de míssil balístico, que minam a estabilidade regional e representam uma ameaça à paz e segurança internacionais”.
LEIA TAMBÉM
Grupo rebelde russo ameaça repetir ataques a Belgoro: voltaremos
Mercosul e União Europeia devem assinar acordo até fim do ano
Lula retorna ao Brasil após extensa agenda no Japão